domingo, 15 de maio de 2016

Repercussão do massacre de Monte Txota



Madrugada de 26 de Abril de 2016. Essa é a data que fica marcado para sempre na memória dos cabo-verdianos.     


Monte Txota 
O massacre de Monte Txota deixou Cabo Verde chocado. Essas dez ilhas nunca antes tinha presenciado algo parecido. Desde então, Cabo Verde não é o que era antes. O país anda em modo alerta.

Vários sites online divulgaram a notícia do massacre. Esse acontecimento teve repercussão mundial. O A Semana online, divulgou no dia 26 de Abril em seu site que por conta do massacre que resultou onze mortos, os voos operados a partir do Aeroporto Internacional da cidade da Praia foram atrasados por causa da revista aos passageiros e bagagens.  Essa revista teve a ver com as investigações feitas pelas autoridades que procuravam suspeitos e armas, e tentavam evitar fugas.

Um outro site, Jornaliberal.com, divulgou em 27 de Abril que o novo Governo agiu com serenidade e rapidez necessária no esclarecimento de 11 pessoas mortas no “massacre” executado por um soldado das Forças Armadas no Centro de Telecomunicações de Monte Tchota, na ilha de Santiago.      

Segundo informações publicadas pelo A Semana online, “Monte Tchota é uma zona nevrálgica. É lá que se concentram as principais torres de comunicação do país. Um ataque nesta zona pode provocar um apagão nas comunicações, que poderia ser aproveitado para os bandidos colocarem-se em fuga”.

O Jornal Liberal avançou ainda com informações de que o soldado Manuel António Silva Ribeiro, Antany como é conhecido, teria matado todos os seus colegas que se encontravam dentro da caserna e executou os dois cidadãos estrangeiros que se encontravam a poucos metros do local. O corpo da terceira vítima, o ajudante, encontrava-se a alguns metros de distância, possivelmente atingido quando tentava fugir do tiroteio. Para o Jornal Liberal, esse crime bárbaro, ocorrido em Monte Txota, merece duas notas: a falta de segurança no maior Centro de Telecomunicações do país; e a facilidade com que hoje qualquer recruta tem acesso a uma arma de guerra com 30 munições, desconhecendo-se em parte sobre eventuais perturbações a quem é entregue uma AKM.

Por causa desse acontecimento, segundo o Expresso das Ilhas, o governo decretou dois dias de luto nacional, em vigor desde as zero horas do dia 28, em memória das vítimas do ataque. A resolução do Conselho de Ministros foi publicada nesse dia, em Boletim Oficial.

De acordo com Notícias do norte, o soldado responsável pelo massacre, aguarda julgamento em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional Militar, na cidade da Praia.

Com todas essas declarações sobre o crime bárbaro ocorrido no Monte Txota, podemos concluir que o país não tinha condições estruturais e psicológicas de lidar com esse tipo de crime que assustou pelo seu alto teor de crueldade. Cabo Verde é um país pequeno na sua dimensão geográfica, e um crime dessa dimensão chocou a população cabo-verdiana. A repercussão que esse crime teve foi internacional. Agitou os meios de comunicação social e as redes sociais de alguns países. Na origem da sede de informar, o site Onda Kriolu, divulgou imagens chocantes dos mortos no atentado de Monte Txota. Imagens essas que não foram permitidas pelas famílias das vítimas e agora esse site foi bloqueado por um jurista.


A minha opinião sobre tudo o que aconteceu no país nesse período em relação a divulgação de informações sobre o massacre é que algumas delas (informações) foram precipitadas. Devia-se primeiro apurar os fatos e não avançar com declarações incertas. Já se sabe que o responsável pelo crime foi o “Antany”, porém precisa-se fazer-se uma investigação aprofundada sobre os motivos reais que o levou a cometer tais crimes. Também devia-se ter uma atenção redobrada sobre os militares das Forças Armadas a partir de agora.    

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